Às vezes acho que meu “Eu Criativo” era mais brilhante, vibrante e cheio de ideias inovadoras. Com o passar do tempo vejo-o mais reprimido, como se tivesse sido podado, limitado por forças invisíveis.
Esse eu criativo sofreu por conviver em um mundo onde a criatividade é pouco celebrada. Chateou-se com o passar do tempo e foi-se silenciado por vozes que diziam: "Isso não é prático", "Isso não vai dar certo", "Você precisa ser mais realista".
Recentemente, li um artigo fascinante no GaúchaZH que discutia exatamente esse fenômeno. O dinamarquês Christer Windelov-Lidzélius, citado no artigo defende que todos nós nascemos criativos, mas, infelizmente, somos podados ao longo do caminho. Isso me fez pensar em quantas vezes o meu "Eu Criativo" foi desencorajado ou ignorado. E me fez também refletir sobre como posso evitar que meu eu criativo definhe.
É por isso que preciso estimular o meu ambiente para o fazer florescer de novo, reacender a chama criativa. Um dos passos importantes é me rodear mais de pessoas positivas, que apoiam e incentivam a criatividade. No desafio constante, vejo que preciso experimentar coisas novas, seja escrever em um género diferente ou aprender uma nova habilidade. E nesse processo, rir-me um bocado de mim mesmo porque claro que irei falhar e aprender.
Acho que um pouco de autoironia ajuda a manter as expectativas sob controlo. Não tenho a ilusão de que vou virar um génio da noite para o dia. Mas posso regar meu lado criativo com novos estímulos e tentativas.
Quem sabe não consigo fazer minha mente frutificar novamente? Se eu puder inspirar outras pessoas que se sentem pouco criativas, melhor ainda. A arte de nutrir nossa inventividade é algo que todos podemos desenvolver, um passo de cada vez.
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