Exclusivo: agente brasileiro acusa Jota de sequestrar jogador na Itália | Dai Varela

28 de agosto de 2013

Exclusivo: agente brasileiro acusa Jota de sequestrar jogador na Itália


Num exclusivo deste blogue, damos conta que o agente desportivo brasileiro, Paulo Teixeira, acusa o agente FIFA caboverdeano, Jota, de ter sequestrado um jogador na Itália.

Jota
Paulo Teixeira, diretor executivo na empresa SFL - Soccer Features, alegou nesta quarta-feira que João José Cardoso da Silva, mais conhecido por Jota terá sequestrado Carlos Makiadi, jovem defesa-central canhoto de 16 anos.

“A proprietária do hotel informou que viu o jogador sair com a mala e o computador e entrar em um Mercedes branco. O pai foi imediatamente informado e entrou em pânico. Jota disse não saber de nada e que o assunto não era com ele”, escreve Paulo Teixeira na sua página de Facebook e acrescente que Jota “não somente sabia de tudo, como organizou a operação, que foi comandada localmente por ume (sic) sujeito chamado Cristian. Os motivos, deconhecem-se (sic).”

Já tentei entrar em contacto com Jota através de correio electrónico para saber da sua versão dos factos, mas até agora ainda não respondeu. Assim que ele responder irei publicar aqui no blogue.

Deixo aqui o texto na íntegra com a acusação de Paulo Teixiera e a ligação para sua conta no Facebook onde tem publicado o artigo.

Para ver o texto de acusação clik aqui



28 de Agosto de 2013 às 10:03

Às 11 horas de terça-feira toca meu celular. È uma ligação de um dirigente do Como Calcio, clube da serie C da Itália: “Paulo, o Makiadi não veio treinar, ficou no hotel.” Entro em contacto com o jogador, que diz ter tido ‘uma diarréia’, mas que está tudo
Paulo Teixeira
bem.

A história de Carlos Makiadi, jovem defesa-central canhoto de 16 anos, assemelha-se àquelas muito comuns de jovens negros da segunda geração, criados na periferia de Lisboa. Na circunstância, Tapada das Merçês. Os Brumas da vida, uns com mais, outros com menos sorte. Pra sair do sufoco financeiro, uma das poucas saídas é o futebol.

Três meses atrás fui contactado pelo Jota, a quem o CM se referiu como o ‘Jorge Mendes’ de Cabo Verde: queria me apresentar este jogador a quem ele cataloga como o Ricardo Gomes negro. E com quem queria dar uma ‘paulada’ – obter o ganho financeiro que não conseguiu até hoje, apesar de ter exportado mais de 100 jogadores de Cabo Verde. Jota havia conseguido convencer o pai do atleta – um angolano de origem congolesa – a contar a história da volta à terra a Agostinho Oliveira, responsável das camadas jovens do Sporting de Braga. Contra sentimento não houve argumento e Agostinho, contrariado, assinou a desvinculação do promissor atleta.

Estava aberto o caminho para a Itália.

Encaminhado o atleta para a Reggina, o teste foi positivo, mas os italianos, vendo as somas que teriam que pagar ao Sintrense e ao Merçês em direitos de formação, desistiram da contratação.

Através de um canal do Jota desta vez, o jogador apresentou-se no Empoli, um dos mais tradicionais clubes formadores na Itália. Correu tudo mal, tendo o clube até se recusado a dar comida ao jogador. Na Itália para fechar o negócio de Rolando, Jota não teve o cuidado de passar por Empoli e avaliar a situação do Makiadi. O jogador, com o feriado de 'ferra agosto' pela frente, na qual a Itália praticamente fecha, foi abandonado em Empoli.

Carlos Makiadi,
defesa-central, ex-Sporting de Braga
Montada uma complicada operação de resgate, Carlos, com o consentimento da família, foi encaminhado para o Como Calcio. Dado que, excepcionalmente esta temporada, não há despromoção na serie C, o campeonato virou uma vitrina para jovens jogadores. E com Bergomi (campeão do mundo em 82 e ex-bandeira do Inter) como treinador, estavam criadas as condições para um atraente percurso desportivo. Na realidade, dos sete jogadores em prova, Makiadi foi o único aprovado. O contrato poderia ser assinado.

Até ao fatídico telefonema de terça-feira.

A proprietária do hotel informou que viu o jogador sair com a mala e o computador e entrar em um Mercedes branco. O pai foi imediatamente informado e entrou em pânico. Jota disse não saber de nada e que o assunto não era com ele.

Mentira.

Não somente sabia de tudo, como organizou a operação, que foi comandada localmente por ume sujeito chamado Cristian. Os motivos, deconhecem-se. Para alguém que veio pedir ajuda para empregar um jogador seu, desempregou o atleta do Sporting de Braga e impediu que se empregasse na Itália para, agora, mantê-lo em um hotel de Milão com ordens pra não falar com ninguém, é um comportamento, no mínimo, criminoso. O clube e os donos do hotel Cornelio, entretanto, pretendem acionar a polícia. Afinal, um menor abandonou o local sem dizer nada a ninguém e desapareceu.

O tiro da ‘paulada’ parece ter saído pela culatra.”


Aproveito para deixar o printscreen da acusação feita por Paulo Teixeira para o caso de ele resolver retirá-lo e a ligação não funcionar:


Enviar um comentário

Whatsapp Button works on Mobile Device only

Start typing and press Enter to search