[Actualizado] O "problema Cabo Verde" coloca TV francesa em chamas | Dai Varela

16 de outubro de 2013

[Actualizado] O "problema Cabo Verde" coloca TV francesa em chamas



ACTUALIZAÇÃO: Esta é uma tradução livre do artigo publicado no site francês television.telerama.fr onde, supostamente, o autor, Samuel Gontier, faz uma sátira ao discurso racista contra os ciganos do ministro francês, Manuel Valls, usando a comunidade cabo-verdiana.

Tratando-se de uma ironia ou sátira, ela foi tão inteligente que nem mesmo todos os franceses que comentam na página conseguiram alcança-la. Não existe uma "notícia falsa" até porque qualquer um pode ir no site e ler também. Existe, sim, uma sátira feita de tal forma inteligente que leva as pessoas a acreditarem que há um "problema Cabo Verde" em França, quando na verdade tudo não passa de uma ironia. 

O programa alvo desta ironia por ser visto aqui

O "problema Cabo Verde" coloca TV francesa em chamas

"Não há um dia em que o tema não é abordado desde Manuel Valls fez sua famosa frase: "Os cabo-verdianos estão destinados a voltar para Cabo Verde. Essas pessoas têm muitas diferenças do nosso estilo de vida e estão, obviamente, em confronto com a população local”. 

A mídia e todos os programas estão migrando para "o flagelo dos cabo-verdianos", como gostam de titular sob os valores atuais. Os grandes jornais são os mais habituais, colocando o "problema de Cabo Verde" nos seus resumos diários.

Recentemente (03/10/2013) estiveram a fazer um debate televisivo com vários políticos e personalidades francesas onde o jornalista Yves Calvi dedicou seu programa “Palavras Cruzadas” ao tema “França e Cabo Verde”. O apresentador lançou o repto: “O modo de vida dos cabo-verdianos está em confronto com o nosso, como afirma Manuel Valls, ou, ao contrário, somos nós incapazes de os integrar?”


Segundo Yves Calvi, uma das formas de compreender esta inquietude é porque a “delinquência é a principal ideia que vem à mente dos franceses ao se falar dos cabo-verdianos. Estima-se que haja entre 300 a 400 jovens delinquentes oriundos de Cabo Verde e este é o verdadeiro problema.”

Estes dados terão mesmo levado alguns políticos a considerarem que os cabo-verdianos deveriam ser conduzidos até a fronteira sem que isto causasse algum choque.


Por seu lado, Gilbert Collard, um dos deputados convidados do programa, afirma que “não tem nada contra os cabo-verdianos” mas “se uma população, qualquer que seja, vive em favelas de baderna, impedem pessoas de viverem, também seriam o mesmo problema.”


Para Laurent El Ghozi, co-fundador do colectivo nacional RomEurope e convidado do programa, “deveria ser permitido a sua integração assim como foi no caso dos italianos e belgas para se evitar as favelas de cabo-verdianos”. Mas Gilbert Collard indigna-se com esta comparação porque, afirma, “convenhamos, o modo de vida dos belgas não é o mesmo estilo de vida do cabo-verdiano”. 


Como réplica, Laurent El Ghozi declarou que “hoje não há maiores diferenças no estilo de vida entre os cabo-verdianos e os franceses como aquela que existia entre um alsacien e um bretão no século XIX.” Dominique Voynet, prefeita de Montreuil e convidada do programa, acrescenta: “Há um século falávamos dos baixo-bretões como falamos hoje dos cabo-verdianos. Com frases do tipo radical e grotesco.”

O autor do artigo termina o texto como se o apresentado, Ives Calvi estivesse a encerrar o programa:


“Bem, acabou-se. Huh? O quê? Disseram-me que não há nenhum “problema Caboverdiano”, apenas um "problema Cigano". Eu me confundi. Isso é por causa de Thomas Hughes e de Médias le magazine do último domingo na France 5. Anthony Bellanger, de Courrier international, ele contou a população cigana em diferentes países, no Reino Unido (seis vezes mais cabo-verdianos, do que ciganos na França), Alemanha (ibid.), Itália, Espanha ... e concluiu com "um valor final: há em nosso território duas vezes menos ciganos do que cabo-verdianos". Obviamente, com todas esses numeros, todos estes países, Bas-bretões, o Auvergne, os alsacianos, nacionalidades mistas ... Que seja. Todos sao estrangeiros.”

Para ver o artigo completo (em francês) click aqui


  1. isso resolve-se com a parceria especia com a união europeia até porque a condução dos cabo-verdianos a fronteira sem provocar choques a ninguem tambem pode-se resolver diplomaticamente com a mobilidade.

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  2. Os franceses deviam fazer uma reflexao mais profunda e questionarem o porque.
    A emigracao caboverdeana para as grandes cidades francesas foi implementada pela alta sociedade francesa que utilizavam de preferencia empregadas domesticas caboverdianas, ilegalmente , portanto a maioria sem qualquer direitos sociais.

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  3. Falta a ultima parte Dai. em que dizem que foi erro de linguagem: não queriam falar dos cabo-verdianos mas sim dos ciganos!

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  4. Elzo Augusto Lopes Dias17 de outubro de 2013 às 08:51

    Desculpem-me a 'ignorância', mas a maioria dos governantes franceses já provaram (com palavras e/ou comportamentos) que são puros xenófobos... principalmente para connosco, os Africanos!

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  5. Alvaro Ludgero Andrade17 de outubro de 2013 às 08:52

    Embora esse problema tenha um fundo racial - só cego ou cololo não vê isso - a verdade é que os nossos patrícios terão de se adaptar a viver num mundo diferente de Ribeira Bote, Safende, Picos, Patim, etc. Este é um problema sério e com a crise financeira e o aperto que as sociedades desenvolvidas enfrentam qualquer dia a bolha explode e expele muitos, entre eles muitos cabo-verdianos que não se integrarem devidamente. Aqui nos EUA, a situação também é difícil em determinados bairros.

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  6. O texto é uma sátira! Nenhum político francês falou sobre os cabo-verdianos. Por favor, vamos evitar que Cabo Verde volte a fazer figura de parvo... se verificares bem o blog, percebes o tom do autor... o Mic Dax tem toda a razão.

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  7. Franklim Di Melia Semedo17 de outubro de 2013 às 08:53

    Nunca nenhum cabuverdiano foi condenado por um acto terrorista,cabuverdianos e uma raça trabalhador,orgulhoso,somos Fidel da nossa cultura ,somos aquilo que somos,existe um probléma n'a sociedade francesa,mas nao somos responsaveis...

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  8. Cabverdianos tem dód grande contribuição pa França ser uk él é. Ka nó esquecé que França perdé boa parte de sis jovens na guerra e que bam lá reconstruí kel país fui estrangeiros, entre esh cabverdianos.

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  9. Bruno da Moura e Dai Varela, o texto é satírico! O blog francês onde o texto foi publicado é satírico! É melhor pararem de divulgar isto, porque vão induzir muita gente em erro, desculpem lá...o ministro francês do interior falou sobre os Roma (ciganos), e o autor do blog, num estilo bem próprio de denúncia, fez um texto onde substituiu Roma por cabo-verdianos e descreveu um debate ridículo com algumas figuras bem conhecidas no debate sobre a imigração em França. Há muitos cabo-verdianos a pensar que Manuel Valls falou sobre os cabo-verdianos, o que não é verdade! Se pesquisarem na net, não encontram uma única notícia sobre essa suposta declaração.

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  10. Esta noticia e falsa.E so se falou dos Romenos dos Caboverdianos nem um segundo sequer.

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  11. ça c'est du gros n'importe quoi!

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  12. Sátira de muito mau gosto.

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  13. 100% de acordo: satira de muito mau gosto. No inicio o jornalista caboverdiano fez uma "traduction à la lettre" do artigo, mais fez uma correção inteligente, explicando em prefacio do seu artigo que é uma ironia. Felizmente, em França têm-se uma boa opinião dos caboverdianos.

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  14. e assim agora todos percebem de satira.. poe a tola dele na guilhotina

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  15. os caboverdianos tenho perdido as suas boas reportacaoes que eles tinha antes na Europa. o crime dos descendentes esta cada vez mais forte na camada jovenil.

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