Oi, tud dret? | Dai Varela

12 de agosto de 2012

Oi, tud dret?

Meu melhor amigo de infância está de férias na minha cidade, Mindelo. Fomos inseparáveis nas diabruras de meninos. Fizemos promessas de amizade eterna. É verdade que essas promessas tiveram seu primeiro abalo ainda na adolescência quando um crioula despertou nossa atenção simultaneamente. Sentindo-se desejada por dois rapazes, ela fez-se de “gostosa infestiosa”, como diria minha mãe, e não escolhia entre um de nós. Meu amigo e eu voltamos a reafirmar a promessa de que nenhuma mulher iria estragar nossa amizade. Por fim ela escolhe-o. Durante uns tempos odiei aos dois (coisa de adolescente). Nossa amizade perdurou.

Com meu maior amigo sempre tinha motivo de conversa. Tudo era pretexto para uma boa gargalhada. Éramos companheiros das fugidas de exploração pelos recantos da cidade. Companheiro da praia da Laginha com seus lajedos enormes. Colega nas braçadas de disputa até a bóia que flutua no largo do mar – que inocentemente pensávamos que servia para evitar que os tubarões entrassem na praia. Colegas no futebol nos campos de terra batida onde o vento fazia-nos sofrer golos de olhos fechados.

Meu melhor amigo de infância viajou. A distância fez com que não tivéssemos mais assuntos em comum. Novos projectos, novas amizades. Sobre o que é que se fala agora com o maior amigo da infância? Não parece ser agradável encontrar alguém que já guardou-te teus segredos, alguém que era a primeira opção como companhia e ter somente o básico para dizer.

Penso que deve ser mais fácil fazer uma nova amizade do que recuperar uma antiga. Bom… mas por aqui todas as amizades começam com um: “Oi, tud dret?” 
  1. primeira reacção: oh ki bunitinhu.
    segunda: bô tem razão Dai...smp kim contra ku nhas amigas di inância e adolescência aquelas em que não saiam da casa uma das outras tento ver onde está a amizade que tínhamos, muito triste.

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  2. O teu texto inteiro podia resumir-se nesta tua frase: "Penso que deve ser mais fácil fazer uma nova amizade do que recuperar uma antiga".

    Aconteceu exactamente a mesma coisa quando fui para Cabo Verde, tentei ao máximo pôr as conversas em dia, mas fiquei triste por saber que já não tenho muita coisa em comum com os meus amigos e os nossos assuntos foram falados sempre no passado, enfim, dói mas a vida tem dessas.

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  3. Kond amizade e verdadeira bsot pode passa anos sem oia i mesmo sem fala ma konde bsot encontra ta parce k bsot oia aont. Ja contece ma mi ter fkod tcheu one separod d amigos ma kond no encontra kel amizade, kel kerer bem, kel confiança tava la igual

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  4. concordo plenamente com a Nilza. A distancia nao destroi uma verdadeira amizade !

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  5. HAVIA AQUI UM COMENTÁRIO MEU QUE SE EVAPOROU...

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  6. Alguém ainda pode pensar que isso é coisa do DaiCensor mas fui ver nos arquivos e não há nenhum comentário pendente ou apagado. Não sei o que aconteceu (talvez seja o sistema?)

    Aconselho-o a não desistir de deixar aqui seu comentário. Um abraço e continua a visitar a loja.

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  7. As pessoas mudam - embora a maior parte delas diga que não - e, provávelmente, o seu amigo de infância luta, ele próprio, com as mesmas dúvidas...Já algum de vocês tentou abordar o assunto e discuti-lo à luz das novas circunstancias? Amizade é isso mesmo - não alimentar duvidas, levá-las ao plebiscito comum e aí, talvez a chama antiga venha aquecer, de novo, a vossa relação...Uma amizade nunca deve desperdiçar-se, amigo, pois é coisa rara!

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  8. FAÇA ISSO E, DEPOIS, DIGA-ME QUALQUER COISA...

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