Achômetro Nº16 - Acho que sou um dinossauro | Dai Varela

22 de julho de 2012

Achômetro Nº16 - Acho que sou um dinossauro

Há dias fui a uma festa de aniversário num terraço na zona de Campim (Mindelo) e vi que ando muito fora de moda. Démodé mesmo quando o assunto é dança. Sou do tempo em que se dançava segurando a crioula em algumas partes do corpo, mexia-se a anca mas também os pés, rodava-se mas quase sempre via-se a cara da parceira de dança. Devo estar a ficar idoso para falar “do meu tempo”… 

Elas ficam quase que nesta posição
à espera do convite para dançar
Mas a verdade é que me surpreendi com esta nova forma de dançar. Deixa ver se consigo explicar: imagina aquela música barulhenta com a batida repetitiva e o gajo a gritar obscenidades. Imaginou? (eu sei, deve ser horrível). 

Bom, agora com essa obra de arte a tocar em altos berros, o gajo chega e pega a crioula para dançar. Instantaneamente ela dobra-se e coloca as mãos nos joelhos. O homem agarra-a com as duas mãos nas ancas e começa um movimento de vai-e-vêm interminável. Mas não estou a dizer que no meio da música ele faz alguns passos de dança ou que a crioula levanta-se para mudar de posição. Não! Eles ficam naquela posição e naquele vai-e-vêm até o final da música. Isso sem nunca ver a cara da parceira de dança. 

O gajo fica a bater, a bater, a bater… como elas desequilibram-se naquela posição, aproveitam e colocam uma mão na parede o que faz com que o local mais aberto da sala de baile seja no centro. No meu tempo quem não dançava ficava encostado nas paredes a aguentá-las enquanto o centro era dos casais de dançarinos. Agora se não queres servir de suporte para elas aguentarem as investidas por trás é melhor ires para o centro da sala dançar e seres considerado um dinossauro. 

Ainda pensei que elas não gostassem tanto dessa dança e faziam-na porque os parceiros queriam mas quando passei por uma que levantava-se dos seus joelhos e dizia para outra: “sabe pa cagá” vi que estava mesmo fora de moda.
  1. Abraão - Ritmos e Poesias22 de julho de 2012 às 15:42

    Konkordo plenamenti, oji en dia festa sta so bebi y dansa "pornu", infilizmenti si ki novu gerason sata vivi megudjadu na konfuson mas soluson pa es prublema sta na alimenta nos identidadi (buska storia kes nunka es kontanu)...moda manu Expavi fla "un palestra di Afrosentrisidadi, nah, un kanpanha di solidariedadi, nah..."
    negatividadi sta na "moda" y pa kel kin sta odja nos gentis kre so divirtimentu en vez di kunhesimentu, ... un dia kuzas ta muda, ta fika senpri esperansa, ate la o nu ta adapta a moda, o moda ta adapta a nos. Paz. 

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  2. Podes crer. eu já deixei de frequentar pistas de dança por isso mesmo. sem falar na cara de parva com que fico. nova era, e pronto. cada geração com a sua loucura

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  3. Então os dinossauros andam a entrar em extinção rápido demais.

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  6. Moce, Dai, estavas a descrever uma simples festa ou uma cena da Hustler? Ehehehe, cuidado para a malta dos bons costumes não te censurar o blogue, pá!  Depois que ouvi algures um refrão 'dal rapazinho, dál / dal minininha dal', percebi que o meu tempo já era... Abraço, bem vindo à dinossaurolândia!

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  7. Mi um te tentá adaptá a moda mas ta dificil

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  8. É prob Hustler, ha broda. Bo kre dze k já bo k te consegui rebolá cadera? Bo te fork, moss

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  9. já tou idoso, isso sim

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  10. Então estás a ficar velhinha como eu. bem vindo ao clube

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